
Gostaria de
estudar as borboletas. Desenhar suas asas, suas figuras naturalmente abstratas
e acompanhá-las nos voos mais longos por aí. Vigiaria-as desde o casulo, que grudado no
muro, abriu-se sem me alertar. Adoraria ser uma astronauta e nos sonhos, voar
pelas mais altas e belas montanhas no norte. Sobreviveria por pura sorte, e voltaria a arriscar desde o núcleo da Terra ao sul polar. Por falta de ar, tiraria a
fantasia, a minha máscara movediça, e
iniciaria a cantarolaria que só acabaria quando o sol raiar. Sonhava em ser em
ser artista, que meio modernista, transformaria o nada em arte e vice-versa. E
no final da minha longa peça, dançaria como se não houvesse o amanhã, e de acordo com o que a bailarina dizia: “E no final de cada dia, pouco sabe quem possui a rara
sabedoria, mas é de manhã que a gente, verdadeiramente, vive mais.”
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