Um aniversário nada comun

Julgando pelo título, o que esse post falará sobre? Como ninguém adivinhará, vamos direto ao ponto: hoje faz exatamente 3 anos que saí do Brasil. Para as leitoras de primeira-viagem do nosso blog, eu moro em uma pequena cidade com pouquíssimos habitantes, chamada Bystrup. Bystrup fica a aproximadamente 30 quilômetros da cidade grande onde eu estudo, Viborg. Viborg fica na região chamada Jylland, que é a maior  das três regiões. Não vamos dar atenção às aulas de geografia da professora Lara, pois posso ficar falando centenas de linhas sobre aqui. Vamos ao que interessa.

Uma das primeiras fotos que tirei aqui, quando tinha 11 anos.

Sim, foi um choque terrível - tanto em relação ao clima como a cultura - para mim. Pelo fato d'eu ter sido ainda nova, me "adaptei" facilmente (as aspas são porque ainda estou me adaptando; cada dia um pouco mais e assim continuará sendo). Ao decorrer dos anos, percebi que, agora mais do que nunca, o Brasil é onde o meu coração pertence. É um pouco tarde pra voltar a trás, pois já estou estudando e minha mãe tem planos pra eu continuar meu ensino aqui até a faculdade.

As mudanças físicas não foram as mais drásticas, mas as psicológicas sim. O choque de cultura era, e ainda é, uma das minhas maiores dúvidas sobre a Dinamarca. Seria errado generalizar e chamá-los de frios, egocêntricos e preconceituoso - ou não seria? Os dinamarqueses - os europeus, e olhe lá - são seres individualistas onde muitas vezes, o status vale mais do que o próprio bem-estar. Eu, que vim de uma família super unida e nas festas até os vizinhos e pessoas que mal conhecíamos vinham, cheguei num lugar onde os jovens com seus 15 anos mudam-se de casa e nas festas, tem a quantidade de cadeiras correta.

Mas apesar dos pesares, cá estou eu "comemorando" os meus três anos de nacionalidade dinamarquesa.