3.8.12

Na minha mente 12#

Acho que todas nós, um dia ou alguma hora, conheceremos alguém e vamos pensar que aquilo tudo é pra sempre, quando na verdade, é mais uma ilusão. E isso não vai ser somente uma vez, serão várias vezes. Quantas poderem ser até começarmos a lembrar que um relacionamento começa com a parte mais difícil. Conhecer um ao outro. Aprender do que o outro gosta, se habituar aos gestos e atitudes. Com a maneira de enxergar o mundo e de falar, andar e respirar.
Só que muitas vezes esquecemos disso e queremos logo pular pra parte boa e então começam as decepções, porque você se envolveu com alguém que mal conhecia e mal sabia se queria ou não queria gostar. Tanto da parte dele, quando da sua.
Porque a primeira vista nós criamos uma personalidade pras pessoas, fazemos um julgamento. Não estou falando que isso é certo ou errado, e sim que isso é normal. É natural do ser humano temer o desconhecido e criar explicações, teorias e teoremas pras coisas.
E com isso ele só ganha uma das duas coisas: ou ele quebra a cara, ou ele está completamente certo. Só que o certo e o errado é relativo, tanto pras crenças, quanto pro amor e as paixões. Tudo muda de pessoa pra pessoa e com isso, ganhamos experiência de vida, novos amigos, um companheiro (a), crescemos...
Só que as vezes tropeçamos na pessoa errada. E a pessoa errada nós faz fazer as coisas certas, mas do jeito errado, pois como eu disse, ela é a pessoa errada. Tudo o que deveria ter sido feito pra pessoa certa, com base em suas teorias é refeito e lá estamos. De frente pro jeito errado de amar, olhamos nos olhos do erro e desafiamos o acerto.
Nós apaixonamos e então quebramos a cara, e a dúvida que permanece é se podemos consertar isso, se podemos fazer algo a respeito. E sim, sempre podemos consertar o presente pra acertar o futuro, mas não podemos ignorar o passado. E com certeza aquilo dói, fica latejando no peito como se o mundo estivesse acabando de tanta dor em um só lugar.
Os poetas escrevem sobre essa dor, escritores, músicos... Até os artistas fazem algo abstrato ao respeito, mas mesmo assim não conseguimos definir aquilo. É o fantasma pessoal do reflexo do nosso fracasso, queda... Da nossa maior fraqueza. E aquilo é exibido pro mundo em nossa cabeça. Sempre pensamos que alguém vai notar, que alguém vai perceber e torcemos pra que isso não aconteça. Mas se não acontece, pensamos que ninguém liga pra nós.
Então aquilo começa a dar nós na garganta e apertos no peito. Tira o sono, a fome e a razão. Até que em um belo dia, cruzamos com um outro alguém e deixamos que tudo aconteça de novo com a promessa de que vai ser diferente, sendo que está sendo tudo igual. E o resultado é o mesmo. Até encontrarmos a pessoa certa.
Aquela que ao em vez de nos xingar, vai rir da piada que contamos errado, do mico que o fizemos pagar. Vai beijar nossa boca mesmo depois de termos comido cebola, ou estivermos com mal hálito. Claro que eu estou exagerando em alguns aspectos, mas nem sempre vemos a linha de chegada porque o caminho é longo. A estrada a se percorrer é larga e cheia de desvios, mas ela está lá. Esperando que você a alcance e a valorize depois de todas as lágrimas derramadas no travesseiro numa madrugada de segunda-feria.

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