Crônicas sinceras de um coração que insiste e persiste em querer estar apaixonado

Eu estava assistindo algum seriado na televisão quando ouvi a frase "o amor não vem pros corações apressados", então refleti sobre todos os relacionamentos que vim tendo. Um mais atropelado que o outro, se me permite dizer.

Sempre penso em romance e em tudo que esteja ligado a ele. Sou o que chamamos de devota do amor, mas sempre perco minhas paixões rapidamente. Estou tão focada em amar alguém que nunca conheço direito as pessoas e já imagino nossas ligações: o primeiro encontro, o primeiro beijo,... Vou cada dia mais passando por cima de mim e do que o outro pode querer em busca de um sentimento que vem de uma maneira tão espontânea, tão sem compromisso.

É bem verdade que o amor só vem pra quem não está esperando por ele, quem não está programando o dia em que vai se apaixonar e todos os detalhes que vão acontecer em seguida.

Eu assumo, sem medo nenhum, sou neurótica. Gosto de planejar, gosto de saber como cada coisa vai se encaixar. Eu cresci assim, não sei a troco de quê. Penso que pessoas que ressurgem do passado são meus verdadeiros amores e que os do presentes podem ser uma paixão prestes a explodir. Confesso também que tenho problemas pra lidar com o presente e viver o momento, ou estou no passado ou no futuro, não existe coisa mais difícil pra mim que viver no presente. As coisas ainda nem aconteceram e eu já estou imaginando cada situação do momento.

Já tentei me entender mil vezes, mas quem pode entender o coração? Ah, como eu queria ser como essas garotas de vestido azul que andam por ai exibindo seus amores enquanto eu só tenho meus sonhos pra contar! Como eu queria poder saber que não adianta tentar controlar tudo, que isso não ajuda em nada. Quando mais planejamos, menos sai como queremos.

Amores eternos são formados por dias e horas, uma de cada vez. E eu? Bem, eu sou só uma garota de rosa deitada no chão do quarto que insiste em imaginar quem vai ser o cara que vai vir pra ficar, mesmo quando eu sei que amor é algo que não dá pra prever, escrever ou imaginar.

Rafaela Faria